segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Ougon Kishi GARO- REVIEW

Ougon Kishi GARO




Vamos lá, falar desta série que é uma das melhores que eu já vi.

Bom, eu comecei a ver GARO depois de ouvir longamente comentários favoráveis a respeito da série. Então eu fui baixar.

Na primeira vez mesmo, eu baixei o primeiro episódio, assisti e ficou por isso mesmo. Acho que eu só fui acompanhar mais da série uns 3 meses depois; em compensação, depois do segundo episódio eu já fui fisgado pela série e resolvi ver todo o resto.



A história (vai ter todos os SPOILERS do mundo)

Ougon Kishi GARO conta a história de Saejima Kouga, um espadachim altamente disciplinado que orgulhosamente carregava o título de GARO, um cavaleiro dourado de uma poderosa ordem de seletos guerreiros. A missão deles era eliminar os Horrors, que causavam aflição a humanidade. Aquele que se manchasse com o sangue dos Horrors estaria condenado, e mesmo não sendo eliminado pelos Cavaleiros Makai, estava destinado a uma morte pavorosa.

Ah, e a pessoa banhada do sangue de Horrors atrairia muitos outros Horrors, gulosos.

A motivação dos Horrors era se alimentar dos seres humanos de coração impuro (ou seja, todos). Curiosamente, assim como os Horrors se alimentavam da impureza e maldade do coração humano, eles nasciam dessa mesma impureza e maldade. O que significa que os Cavaleiros Makai lutam uma guerra sem fim, já que, eles devem proteger os humanos dos Horrors, enquanto os Horrors são oriundos dos próprios humanos : P.

Ah, claro, e nesse ínterim surge uma mocinha chamada Kaoru, e desde a aparição dela, Kouga começa a ter muitos problemas.


O que eu não entendo, é como é que o pessoal diz ter dito problemas para entender isso. Eu ouvi a galerinha dizendo que a história começa obscurecida pela ação e os efeitos especiais da série, mas eu não vi isso. O que a série faz é apresentar uma premissa simples para um show de pancadaria. E se a série não tivesse a qualidade que tem, poderia ter até fracassado. Mas repito que a série é um show.

“O Código Da Vinci”

Olha o resumo aí:

O que são Horrors?





Boa pergunta:





E isso resume a premissa inicial de GARO. O que tem de obscuro nisso? Essas cenas aí aparecem ao final do capítulo 2, o que já nos deixa plenamente encaminhados.

Ação

Não dá pra negar a importância da ação nesta série. É algo cinematográfico, diferente de tudo já visto, e que dificilmente vai se ver melhor em Tokusatsu, ou mesmo em muito filme por aí. As sequências são extraordinárias e muito consistentes.








Entre muitas outras coisas incríveis ao longo da série, que eu espero mostrar um bocado, ainda.

Impressão inicial

Ao mesmo tempo que a série me impressionava pela ação e pelos vilões muito legais, que faziam a ação render, eu tentava entender a motivação por trás daquilo. O que aquela série queria mostrar? Que lição queria passar? Porque uma empresa iria investir pesado numa série que a censura jogou para a madrugada? (a série é bem pesadinha, aborda prostituição, sensualidade, violência, mutilação, assassinatos....)

E eu pensava em que tipo de mentalidade tinha o autor.





Essa sequência surge já no 1o episódio


O que em termos de Tokusatsu, já é uma sequência bem agressiva, envolvendo de uma vez, nudez feminina (gratuita), sensualidade, paranormalidade, e um certo aspecto psicológico, já que temos o tiozinho dono da exposição admirando a figura do quadro e então ela sai e se torna um Horror. Pensando bem, é como se ele tivesse tido desejo pela figura do quadro, e ela tivesse vindo a tona. A expectativa do homem de realizar sua fantasia (pornográfica :P) traz o Horror a vida, e o Horror o corrompe. E o teor que nos leva a essa linha de pensamento provavelmente não existiria se a mulher no quadro não estivesse com os seios de fora ou tivesse esse olhar tão sensual aí.

O Herói



Aí o indefectível Saejima Kouga



O herói da história, e consequentemente o condutor da ação, inicialmente, é Saejima Kouga. Como eu expliquei, ele é o Cavaleiro Makai da Armadura Dourada, e tinha muita disciplina no "trabalho".

Agora falemos da pessoa em si.

Esse é um cara bastante surpreendente. O pessoal fala que a série não tem uma pegada impressionante no começo, e muito provavelmente é por causa do nosso amigo. Uma coisa boa é que o ator que o faz é impressionante , e muito bom, tanto na parte dramática, quanto na parte da ação. O personagem inicialmente é um sujeito que passa muito da barreira da disciplina, ele é chato mesmo, antisocial, não se deixa levar, é quase que hipnóticamente conduzido a cumprir com seu trabalho infindável.




Bom, eu mesmo não consigo levar isto adiante sem falar dessa moça aí, Kaoru. Ela é o "par romântico" do Kouga.
O que eu tenho a dizer a respeito dela é como a minha impressão sobre ela mudou radicalmente conforme a série avançava. No começo eu detestava essa personagem, e simplesmente a considerava com todos os defeitos: era chata, sem graça, sua voz era irritante, e até mesmo feia e sem sal eu cheguei a achar essa mina....

Kaoru é uma artista amadora que está tentando aprimorar o seu talento. Ela perdeu os pais, de forma que ela leva uma vida de pobre, e se sustenta fazendo bicos lamentáveis....até em prostíbulo a coitada fez uma ponta de garçonete XDDD
Entretanto, conforme a série, e o suposto "romance" avança, ela ganha muita importância. Na verdade toda a série vai se humanizando, uma parada que provavelmente impressionou todo mundo que viu a série: ela começa meio durona, os personagens bem estereotipados, mas com o tempo ela vai se ficando mais diversificada, trabalha mais os personagens, e vai virando uma verdadeira obra de arte.

Machista?

Uma coisa que por muito me fez pensar na série GARO é ela parecer uma série extremamente machista.
O herói, Saejima Kouga, traça um contraste violento com a mocinha da série, Kaoru: ele é rico, poderoso, eficaz, senhor de sua vida, mora em uma mansão, é implacável contra todas as adversidades, sem contar ser um exemplo de moral. ´
Já a Kaoru é pobre, confusa, indefesa, dependente, e passa pelo sério problema da moradia. Ela só vai arranjar uma residência fixa quando vai morar na casa do Kouga XD!

Outra coisa é que muitos dos vilões iniciais são mulheres.:


De forma que a impressão feminina que a série passava era: ou você é inútil, ou você é o monstro do dia. Eu mesmo não tinha problemas com isso, e na verdade eu ficava impressionado como eles conseguiam tantas stunt actress de tamanha qualidade para as cenas de luta (ou ao menos stunt actors com pernas bem bonitas : P), mas ao mesmo tempo eu pensava como uma mulher reagiria a série, ou mesmo como seria capaz de assisti-la, ainda mais somando outros elementos, como a série inicialmente "parecer um filme de terror" e ela não ter qualquer elemento típicamente novelesco, que geralmente pega as meninas.

Sem falar do trato que o Kouga dava para a Kaoru.

Aqui foi da vez que Kaoru tentou fazer um rango pro Kouga:



Nem cozinhar a mina sabia (risos)  É sério, não era a pegada dela, uma vez ela cozinhou pra amiga que a alojou "de favor" como se diz por aqui, e a coitada teve uma constipação daquelas XDDD a menina não só cozinhava mal, ela produzia VENENO no fogão (huahuahua)

Era uma mulher exemplar :


Achava-se AAAAA Artista:


Pegava uns bicos que eram de lascar:


Só se metia em encrenca:
Peitava seus patrões! XD

                         Kouga levando a famosa chave de b***ta.

Mas talvez no final isso tenha sido passageiro na série. Eu não sei dizer se GARO
É uma série machista ou não. Depois de eu ver a série, eu creio que não, porque todo esse lance de feminilidade dá uma reviravolta tremenda ao longo da série.

E eu gosto muito da Kaoru. O pessoal pode até QUERER se identificar com o Kouga, mas o grande expoente do telespectador da série, é a Kaoru. Ela passa por coisas típicas de uma pessoa da idade dela: ela tem sonhos que parecem inalcançáveis, tem dificuldade em achar seu lugar na sociedade, tem uma nostalgia dos dias do passado, sofre muito emocionalmente, e se vê confusa diante de um futuro que parece incerto. O elemento de ter sido banhada pelo sangue de Horror a leva a outra "realidade" da vida do jovem: a perspectiva da morte. A de tudo dar errado, e da vida se encerrar abruptamente, e todas as esperanças e sonhos que se nutria serem ceifados pela morte na juventude.

E ela é afinal é a grande condutora da série, ela dá uma linha para a história. Ela é que tem o apelo emocional, ela é que nos leva ao longo da série com sua vida cheia de altos e baixos, e a perspectiva de amar alguém excepcional. Até porque inicialmente o Kouga é um personagem bem desinteressante, que, sem ser visto muito de perto e compreendido, não atrairia ninguém. O que não deixava de ser natural: ele era uma pessoa antisocial porque não tinha nada a ver com as pessoas "normais", de forma que, por mais humano que fosse, por mais que tivesse um coração, seu destino era abraçar seu trabalho, e sua vida como era, e não se meter com os outros. Ele havia de ser uma justiça cega, e não escolher favoritos.

Compreender todas essas coisas foi o que alterou minha visão de Kaoru (e consequentemente do Kouga, que acaba sendo influenciado por ela). Conforme os sentimentos do Kouga iam aumentando e melhorando por ela, os meus iam também. Ela passou a se tornar muito importante. De sua posição de um personagem aparentemente bobo e até chato de se ver por suas trapalhadas e falta de controle sobre a própria vida, ela foi desabrochando numa figura comovente e com muito a oferecer pela série.

Até a aparência dela mudou pra mim. De uma menina chata, bobona e "morocoxo", ela foi se tornando em alguém...




cada vez mais....

...linda.

(e ainda era gostosa)

Ela parecia uma perfeita tábua, mas na verdade tinha corpinho suave e bem desenhado,além de umas perninhas deliciosas, que, infelizmente, ficam ocultas por umas calçolas que ela usa ao longo de quase toda a série.

Ah é: o Rodrigo mencionou que ela é o único personagem ali que troca de roupa...mas tirando os trajes esdrúxulos que ela usava em seus trabalhos, ela usava sempre o mesmo esquema de roupa, que era uma camiseta e as calçolas que me privaram das belas pernas da Kaoru-chan. Mudava sempre de cor, mas o modelo era o mesmo.

Só lá pro final que eu tive o prazer de ve-la mais sexy:

Os vilões

Como eu já mencionei, os Horrors eram vliões da série. Eles eram um tipo especial de demônio que supostamente surgia do coração impuro dos seres humanos.

O que eles faziam era devorar seres humanos. Para circular livremente entre os seres humanos, eles se apossavam do corpo de uma pessoa.

Entretanto, eles tinham um diferencial no tema "possessão demoníaca": enquanto em outros filmes, séries, etc. os demônios se apossam das pessoas mais aleatórias, em
GARO nãaaaaaaaaaaaaaooo, os Horrors eram muito mais espertos: eles só se apossavam de quem era da pavirada! Isso é em todos os episódios: eles se apossavam de estelionatários, serial killers, ladrões, gente gananciosa, tarados e outros doidos lá do Japão.

Sem contar que eram de um design muito criativo, que dá orgulho de ser expectador desse tokusatsu:

É DEMAIS! : D

O rumo da série GARO é ir melhorando a cada episódio, sendo que o primeiro já é um episódio bem superior a média. O pessoal disse que foi gostar da série a partir do episódio 18 (de 25? Tem certeza que gostou?), do 10, do 07...eu mesmo me impressionei já com o 2o. Aquele Horror que se apossou da estelionatária foi um lance de mestre, que desde então, já trouxe um aspecto um pouco mais inteligênte para a série, que corria esse risco: de ser uma história burra sobre um herói superfodão com uma companheira burra e sem serventia. Entretanto, somos sim é apresentados a personagens únicos e muito característicos, e perante situações cada vez mais diferenciadas, Kouga vai mudando e revendo seus conceitos, até renascer para uma nova batalha que nos conduz a um show espetacular.

Lutas ferozes:


Lugares alucinantes:


Saltos incríveis:

YUKE KAZE NO GOTOKU...


A partir da metade, que é onde a série começa a dar sua reviravolta maravilhosa,GARO ganha abertura nova, uma trilha maravilhosa que, assim como nas novelas, embala os momentos mais emocionantes em versões instrumentais.

O grande lance do avanço da série, é que então os "monstros do dia" dão lugar a personagens fixos, e uma intriga entre eles. Quando há monstros, eles tem um envolvimento com suas vítimas que leva o herói a questionar seu papel de justiceiro. O estresse ao qual ele é submetido o faz uma figura cada vez mais humana, e isso o torna mais interessante.


Bom.....

Eu não devo entregar a série toda, de forma que eu vou salientar só mais uns dois ou três pontos que me chamaram a atenção. É uma série com muito a ser explorado, e se fosse um anime da TOEI, teria 125 episódios, no mínimo. Existem inúmeros elementos, coisas que ajudam a história a ficar movimentada a cada episódio, e mesmo coisas que meio que podiam ter tido uma explicação melhor.

Rei Suzumura

Este aqui é o amigo/rival de Kouga, outro Cavaleiro Makai. A "interferência" dele é essencial para a série se tornar mais agitada e imprevisível. Este cara é uma contraparte perfeita de Kouga, e nos mostra que os Cavaleiros Makai eram diferentes entre si, o que abre um leque infinito de possibilidades de Cavaleiros Makai; isto é, eles poderiam fazer muitas séries e filmes de Garo, sem desgastar o conteúdo. E mesmo vir a nos apresentar Cavaleiros Makai mais interessantes que o próprio Kouga.

Reta Final

Rumando para seu final,GARO atinge o ápice de AWESOMENESSCITY, nos mostrando roteiros maravilhosos nos episódios.

O episódio Bala Mágica (o 22, se não me engano) é para mim, o melhor da série, por conciliar, de maneira incrível, uma atuação fora de série em termos de ação de nosso herói com um roteiro marcante, digno de Frank Miller. É um SOLO de Kouga, em que afronta um dos Horrors mais inteligentes de história, que pos Kouga sobre um stress tremendo e uma situação nova para ele.


É um episódio surpreendente, que parece até um especial. Parece até que num ápice de fantasia que a série ia chegando, eles decidiram criar uma situação em que eles jogam GARO em meio a realidade, num ambiente tenso e
noir.



Um dos Horrors que mais deu trabalho para Kouga.

Henshin em tempo de bala. Kouga chega a um nível de "BADASSNESS" até então só alcançado por Gyaban.



Uma cena fortíssima: O grande herói, o mítico espadachim, forçado a tomar em suas mãos uma arma de fogo.

[SPOILER!!!!!]

Bom, eu gostaria de falar também da batalha final, que foi algo espetacular....pensando bem, são tantas coisas que eu queria dar meu parecer, as Sacerdotizas, Kodama, Barago....eu praticamente não disse nada e eu devo ainda revelar minha descoberta trágica. É algo terrível, fortíssimo, e se você ainda não viu esta série, nem olhe, isto pode causar danos ao seu cérebro.

Bom, como eu disse e re-disse, GARO é um herói sensacional, que alcançou grandes méritos de seus antecessores épicos, como Gyuban, Sharivan, Jaspion, Kamen Rider Black...GARO tem pelo menos um mérito de cada uma dessas séries, é DEMAIS.

E na reta final, Kouga vai alcançar um dos maiores méritos dos heróis de armadura: bater um monstro gigante no corpo-a-corpo.

EI-LO:

Meshia

Que leva a série a um nível épico, épico, você imagina que está sonhando com um vilão que concilia poder extremo e uma sensualidade gritante:


Confesso que bem que fiquei babando em cima dessa vilã. Era algo lindo de se ver:

Pra constar: a coisinha voando acima do traseiro dela é o Garo.

É AGORA!!!!

MINHA DESCOBERTA TRÁGICA!








































































é algo terrível!!!

EU vou revelar!!!

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!









































































Você que pediu!!!



E é isso aí galera! Se você tem a idéia de que Tokusatsu trata-se exclusivamente de efeitos especiais datados, personagens planos e sequências “trash”, damos aí a dica para que reveja seus conceitos! Garo, um show altamente recomendável, diferente, e acima de tudo de excelente qualidade!

YUKE, KAZE NO GOTOKU!


Nenhum comentário:

Postar um comentário