Nostalgia descreve uma sensação de saudades de um tempo vivido, frequentemente idealizado e irreal.
Nostalgia é um sentimento que surge a partir da sensação de não poder mais reviver certos momentos da vida.
O interessante sobre a nostalgia é que ela aumenta ao entrar em contato com sua causa e não diminui como o sentimento da saudade. Exemplo: se alguém sente saudades ou falta de um conhecido, este sentimento cessa ao se reencontrar a pessoa, com a nostalgia é exatamente o oposto, ao reencontrar um amigo que gostava de brincar, este sentimento nostálgico irá se alimentar e não diminuir como a saudade.
From: Wikipedia
Esse negócio de nostalgia é muito verdadeiro, tanto que atinge não só o Tokusatsu, mas como muitas outras áreas: Música, política, e até mesmo o futebol. Quantas vezes vocês já não viram pessoas dizendo que música boa era a DE SUA ÉPOCA? Ou que política, manifestos e tudo isso são exclusividade do passado? Ou que o "futebol show" ficou no passado?
Bom, a relevância do passado é inegável. O tempo passa e nos altera, nós somos realmente mudados e substituídos por uma pessoa diferente; o processo de reposição de células cuida disso. E a prova mais imediata de que existimos previamente é a nossa lembrança. Mas a pior coisa é justamente a divinização do pretérito. Aliás, a divinização de qualquer coisa, mas no nosso caso, achar mesmo que o passado é mais que perfeito.
Entretanto, existe um ponto interessante aqui: a questão da progressão e da eventual decepção. A passagem do tempo, o correr da vida tem implícito o acúmulo de experiência. O que quer dizer uma chance maior de progresso; em cima de seu acerto você adquire conhecimento e método, sobre o seu erro você descobre caminhos para evitar.
De forma que quando se acerta no passado, espera-se que acerte-se no futuro também; e se errou-se, espera-se que se perceba o erro e torne-se melhor por meio da correção.
E nisto nós caímos no ponto de muitos "nostálgicos" no caso do Tokusatsu. Ás vezes não é necessariamente a questão de a pessoa achar o que viu antes perfeito, mas de ela querer ver o acerto anterior repetido, ao invés de encarar uma tentativa de inovação. E encarar essas tentativas como verdadeiros erros. Afinal, se estava tão bom, por que mudou??
E isso ataca até a concepção de "época" e de "realidade" das pessoas. Nós devemos lembrar, de forma a evitar a tal "nostalgia" de encarar que o tempo passa e as coisas mudam...e nem sempre pra melhor, na verdade. É frustrante ver a substituição do que era bom mesmo por algo duvidável.
Bom, a relevância do passado é inegável. O tempo passa e nos altera, nós somos realmente mudados e substituídos por uma pessoa diferente; o processo de reposição de células cuida disso. E a prova mais imediata de que existimos previamente é a nossa lembrança. Mas a pior coisa é justamente a divinização do pretérito. Aliás, a divinização de qualquer coisa, mas no nosso caso, achar mesmo que o passado é mais que perfeito.
Entretanto, existe um ponto interessante aqui: a questão da progressão e da eventual decepção. A passagem do tempo, o correr da vida tem implícito o acúmulo de experiência. O que quer dizer uma chance maior de progresso; em cima de seu acerto você adquire conhecimento e método, sobre o seu erro você descobre caminhos para evitar.
De forma que quando se acerta no passado, espera-se que acerte-se no futuro também; e se errou-se, espera-se que se perceba o erro e torne-se melhor por meio da correção.
E nisto nós caímos no ponto de muitos "nostálgicos" no caso do Tokusatsu. Ás vezes não é necessariamente a questão de a pessoa achar o que viu antes perfeito, mas de ela querer ver o acerto anterior repetido, ao invés de encarar uma tentativa de inovação. E encarar essas tentativas como verdadeiros erros. Afinal, se estava tão bom, por que mudou??
E isso ataca até a concepção de "época" e de "realidade" das pessoas. Nós devemos lembrar, de forma a evitar a tal "nostalgia" de encarar que o tempo passa e as coisas mudam...e nem sempre pra melhor, na verdade. É frustrante ver a substituição do que era bom mesmo por algo duvidável.
Afrontar essas coisas não é simples, e todo tipo de preconceito emerge, na perspectiva de nos defendermos, ou defendermos nossa concepção de realidade que se abriga no passado (que infelizmente, já foi.) Não precisa ser muito velho pra lembrar que quando o uso de computadores e celulares foi difundido, muitos absurdos começaram a ser alegados, como de que essas coisas causavam câncer nas pessoas, de que causariam grandes acidentes, e mesmo que acabariam com mídias "clássicas", como a TV, o rádio e o telefone.
Entretanto, nada disso aconteceu, e essas coisas que foram vistas com maus olhos a priori, trouxeram inovação e praticidade, e são mesmo um sine qua non hoje em dia. E não creio que deva ser diferente com Tokusatsu.
Acho que quem aprecia o gênero em si, aprecia o que pode vir a acontecer com ele, e não só as impressões que se teve anteriormente. Deve-se ao menos dar uma justa chance, e pensar com calma. Geralmente o resultado de uma análise dessas, é de que na real, as coisas nem mudaram tanto assim.
Nos anos 50, as pessoas imaginavam que em 2010, ou teríamos um mundo pós-apocalíptico, ou um progresso totalmente fantástico. Entretanto, nós não conquistamos o espaço, não dominamos a clonagem, não temos qualquer convívio com alienígenas, nada. Ganhamos novas telinhas para fixar os olhos, e podemos falar no telefone no meio da rua. E bater fotos sem filme. E não usamos mais chapéus. De resto, a vida nem é tão diferente de 50 anos atrás.
Em Tokusatsu, mudanças vieram, mas quantas coisas não continuaram as mesmas? Os super-sentai continuam com seus trajes coloridos, seu pessoal super-fashion, suas armas gigantes que saem (de onde?), seus mechas, etc. Os Kamen Riders, que o pessoal diz terem sofrido tanto, continuam com suas motocas e seus Rider Kicks. Ok, pode não ter O MESMO charme de um Black, do Super 1, ou mesmo a doideira do Amazon, mas tem O SEU PRÓPRIO. E sob a perspectiva certa, até são muito superiores as antigas, afinal, tem mais recursos.
Entretanto, nada disso aconteceu, e essas coisas que foram vistas com maus olhos a priori, trouxeram inovação e praticidade, e são mesmo um sine qua non hoje em dia. E não creio que deva ser diferente com Tokusatsu.
Acho que quem aprecia o gênero em si, aprecia o que pode vir a acontecer com ele, e não só as impressões que se teve anteriormente. Deve-se ao menos dar uma justa chance, e pensar com calma. Geralmente o resultado de uma análise dessas, é de que na real, as coisas nem mudaram tanto assim.
Nos anos 50, as pessoas imaginavam que em 2010, ou teríamos um mundo pós-apocalíptico, ou um progresso totalmente fantástico. Entretanto, nós não conquistamos o espaço, não dominamos a clonagem, não temos qualquer convívio com alienígenas, nada. Ganhamos novas telinhas para fixar os olhos, e podemos falar no telefone no meio da rua. E bater fotos sem filme. E não usamos mais chapéus. De resto, a vida nem é tão diferente de 50 anos atrás.
Em Tokusatsu, mudanças vieram, mas quantas coisas não continuaram as mesmas? Os super-sentai continuam com seus trajes coloridos, seu pessoal super-fashion, suas armas gigantes que saem (de onde?), seus mechas, etc. Os Kamen Riders, que o pessoal diz terem sofrido tanto, continuam com suas motocas e seus Rider Kicks. Ok, pode não ter O MESMO charme de um Black, do Super 1, ou mesmo a doideira do Amazon, mas tem O SEU PRÓPRIO. E sob a perspectiva certa, até são muito superiores as antigas, afinal, tem mais recursos.
Senso Crítico
Com isso tudo eu não quero dizer que devemos necessariamente baixar nossas cabeças perante um futuro fatal e permitirmos bobeiras e burrices passarem intactas. As séries novas têm, acima de tudo, coisas não-ortodoxas, e até não convencionais, devido a uma tendência moderna de derrubar padrões e trazer o "colorido" da realidade para a TV. Isso tem lados positivos e negativos, como tudo tem. Acho que é positivo por ser muito mais aventuresco em termos de desenvolvimento de roteiro, e ás vezes nos trazer pérolas de redação, que antigamente só veríamos nos livros. Vê-se aí uma vantagem única das séries novas sobre as mais velhas, que buscavam mais a padronização, a medida ao convencional, do que as de hoje.
Mas elas também podem nos chocar as vezes, e por isso eu disse que é um meio aventuresco: ele pode agradar muito a alguns, e desagradar totalmente a outros. O que é um belo toque de realidade nos personagens, que como as pessoas, tem seus amigos e seus inimigos; tem gente que a gente gosta, e outras com quem não se tem a menor identificação. E é muito válido o argumento de que você não assistiu Agito, por exemplo, simplesmente por que não rolou um "clima" entre você e a série, por que não? Melhor do que ficar comparando com alguma coisa da Era Showa e ficar dizendo que a série não é boa porque não é showa.
O legal é que sejamos capazes de avaliar depois de uma experiência. Acompanhar a série, e depois desenvolver nosso conceito. E mesmo buscar conhecer como foi a produção da série; isso nos ajuda a compreender a razão de certos pontos fracos, e ás vezes, até perdoá-los. Conhecimento é uma bela coisa e não ocupa espaço, e é muito melhor falar com o feedback do conhecimento que com a ignorância.
Mas elas também podem nos chocar as vezes, e por isso eu disse que é um meio aventuresco: ele pode agradar muito a alguns, e desagradar totalmente a outros. O que é um belo toque de realidade nos personagens, que como as pessoas, tem seus amigos e seus inimigos; tem gente que a gente gosta, e outras com quem não se tem a menor identificação. E é muito válido o argumento de que você não assistiu Agito, por exemplo, simplesmente por que não rolou um "clima" entre você e a série, por que não? Melhor do que ficar comparando com alguma coisa da Era Showa e ficar dizendo que a série não é boa porque não é showa.
O legal é que sejamos capazes de avaliar depois de uma experiência. Acompanhar a série, e depois desenvolver nosso conceito. E mesmo buscar conhecer como foi a produção da série; isso nos ajuda a compreender a razão de certos pontos fracos, e ás vezes, até perdoá-los. Conhecimento é uma bela coisa e não ocupa espaço, e é muito melhor falar com o feedback do conhecimento que com a ignorância.