terça-feira, 26 de outubro de 2010

Nostalgia em excesso...É LAMBANÇA!!





Nostalgia descreve uma sensação de saudades de um tempo vivido, frequentemente idealizado e irreal.
Nostalgia é um sentimento que surge a partir da sensação de não poder mais reviver certos momentos da vida.
O interessante sobre a nostalgia é que ela aumenta ao entrar em contato com sua causa e não diminui como o sentimento da saudade. Exemplo: se alguém sente saudades ou falta de um conhecido, este sentimento cessa ao se reencontrar a pessoa, com a nostalgia é exatamente o oposto, ao reencontrar um amigo que gostava de brincar, este sentimento nostálgico irá se alimentar e não diminuir como a saudade.
                                                                                                                From: Wikipedia



Esse negócio de nostalgia é muito verdadeiro, tanto que atinge não só o Tokusatsu, mas como muitas outras áreas: Música, política, e até mesmo o futebol. Quantas vezes vocês já não viram pessoas dizendo que música boa era a DE SUA ÉPOCA? Ou que política, manifestos e tudo isso são exclusividade do passado? Ou que o "futebol show" ficou no passado?

Bom, a relevância do passado é inegável. O tempo passa e nos altera, nós somos realmente mudados e substituídos por uma pessoa diferente; o processo de reposição de células cuida disso. E a prova mais imediata de que existimos previamente é a nossa lembrança. Mas a pior coisa é justamente a divinização do pretérito. Aliás, a divinização de qualquer coisa, mas no nosso caso, achar mesmo que o passado é mais que perfeito.

Entretanto, existe um ponto interessante aqui: a questão da progressão e da eventual decepção. A passagem do tempo, o correr da vida tem implícito o acúmulo de experiência. O que quer dizer uma chance maior de progresso; em cima de seu acerto você adquire conhecimento e método, sobre o seu erro você descobre caminhos para evitar.
De forma que quando se acerta no passado, espera-se que acerte-se no futuro também; e se errou-se, espera-se que se perceba o erro e torne-se melhor por meio da correção.
E nisto nós caímos no ponto de muitos "nostálgicos" no caso do Tokusatsu. Ás vezes não é necessariamente a questão de a pessoa achar o que viu antes perfeito, mas de ela querer ver o acerto anterior repetido, ao invés de encarar uma tentativa de inovação. E encarar essas tentativas como verdadeiros erros. Afinal, se estava tão bom, por que mudou??
E isso ataca até a concepção de "época" e de "realidade" das pessoas. Nós devemos lembrar, de forma a evitar a tal "nostalgia" de encarar que o tempo passa e as coisas mudam...e nem sempre pra melhor, na verdade. É frustrante ver a substituição do que era bom mesmo por algo duvidável.

Afrontar essas coisas não é simples, e todo tipo de preconceito emerge, na perspectiva de nos defendermos, ou defendermos nossa concepção de realidade que se abriga no passado (que infelizmente, já foi.) Não precisa ser muito velho pra lembrar que quando o uso de computadores e celulares foi difundido, muitos absurdos começaram a ser alegados, como de que essas coisas causavam câncer nas pessoas, de que causariam grandes acidentes, e mesmo que acabariam com mídias "clássicas", como a TV, o rádio e o telefone.

Entretanto, nada disso aconteceu, e essas coisas que foram vistas com maus olhos a priori, trouxeram inovação e praticidade, e são mesmo um sine qua non hoje em dia. E não creio que deva ser diferente com Tokusatsu.
Acho que quem aprecia o gênero em si, aprecia o que pode vir a acontecer com ele, e não só as impressões que se teve anteriormente. Deve-se ao menos dar uma justa chance, e pensar com calma. Geralmente o resultado de uma análise dessas, é de que na real, as coisas nem mudaram tanto assim.
Nos anos 50, as pessoas imaginavam que em 2010, ou teríamos um mundo pós-apocalíptico, ou um progresso totalmente fantástico. Entretanto, nós não conquistamos o espaço, não dominamos a clonagem, não temos qualquer convívio com alienígenas, nada. Ganhamos novas telinhas para fixar os olhos, e podemos falar no telefone no meio da rua. E bater fotos sem filme. E não usamos mais chapéus. De resto, a vida nem é tão diferente de 50 anos atrás.
Em Tokusatsu, mudanças vieram, mas quantas coisas não continuaram as mesmas? Os super-sentai continuam com seus trajes coloridos, seu pessoal super-fashion, suas armas gigantes que saem (de onde?), seus mechas, etc. Os Kamen Riders, que o pessoal diz terem sofrido tanto, continuam com suas motocas e seus Rider Kicks. Ok, pode não ter O MESMO charme de um Black, do Super 1, ou mesmo a doideira do Amazon, mas tem O SEU PRÓPRIO. E sob a perspectiva certa, até são muito superiores as antigas, afinal, tem mais recursos.

Senso Crítico

Com isso tudo eu não quero dizer que devemos necessariamente baixar nossas cabeças perante um futuro fatal e permitirmos bobeiras e burrices passarem intactas. As séries novas têm, acima de tudo, coisas não-ortodoxas, e até não convencionais, devido a uma tendência moderna de derrubar padrões e trazer o "colorido" da realidade para a TV. Isso tem lados positivos e negativos, como tudo tem. Acho que é positivo por ser muito mais aventuresco em termos de desenvolvimento de roteiro, e ás vezes nos trazer pérolas de redação, que antigamente só veríamos nos livros. Vê-se aí uma vantagem única das séries novas sobre as mais velhas, que buscavam mais a padronização, a medida ao convencional, do que as de hoje.

Mas elas também podem nos chocar as vezes, e por isso eu disse que é um meio aventuresco: ele pode agradar muito a alguns, e desagradar totalmente a outros. O que é um belo toque de realidade nos personagens, que como as pessoas, tem seus amigos e seus inimigos; tem gente que a gente gosta, e outras com quem não se tem a menor identificação. E é muito válido o argumento de que você não assistiu Agito, por exemplo, simplesmente por que não rolou um "clima" entre você e a série, por que não? Melhor do que ficar comparando com alguma coisa da Era Showa e ficar dizendo que a série não é boa porque não é showa.

O legal é que sejamos capazes de avaliar depois de uma experiência. Acompanhar a série, e depois desenvolver nosso conceito. E mesmo buscar conhecer como foi a produção da série; isso nos ajuda a compreender a razão de certos pontos fracos, e ás vezes, até perdoá-los. Conhecimento é uma bela coisa e não ocupa espaço, e é muito melhor falar com o feedback do conhecimento que com a ignorância.



segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Madan Senki Ryukendo REVIEW



MADAN SENKI RYUKENDO


Eu não quero deixar de opinar quanto a esta série, que me causa sérios constrangimentos quando uma galerinha desinformada compara com Power Rangers(malditos Power Ranger, tudo é Power Rangers...)

Puta que pariu, comparar Ryukendo com Power Rangers é como comparar Naruto com Ben 10!!

Bom, Ryukendo tem inúmeros aspectos fortes. Eu acho essa uma série mais fácil para os saudosistas, ou nostálgicos, ou como quiser chamar, até porque, pra mim, é uma série nova com uma incrível similaridade com as séries lá dos anos 80. O método de contar a história através dos episódios é quase igual, centra mais nos personagens guerreiros, assim como naqueles tempos, e tem quase os mesmo valores daqueles tempos também.

O que eu mais gostei em Ryukendo? Hmm...provavelmente as músicas e os personagens BADASS; Eles tem simplesmente o melhor design da década. O Ryukendo dourado ficou muito mais legal que o Ultimate Kuuga (aquele que parece o Insector SUN!!), O character design da série é 10, o apelo para vender brinquedos é bem evidente. Dos vilões eu gostava mesmo era da Madame Gold (safadinha!! Raposona!!!).
O dR. Worm era um motivo de frequente irritação, mas o elo de amizade dele com o Rock Crimson (um personagem que podia ser um pouco menos bobo) deu um certo valor pro personagem dele(s).

Efeitos especiais espetaculares e muito interessantes (nem todos) são o motor da série, até porque ela é bem falta daquelas lutas cruas e maravilhosas, sem se transformar....ah, imagino se a Naomi Morinaga fica vendo essa molecada que faz menos cenas de ação que ela...se bem que ela agora faz um outro tipo de "ação"...mas deixa pra lá. A série tinha momentos muito legais movimentados a puro poder Madan. No total é uma série legal, com um elenco escolhido de maneira bem feliz.

Pra mim, Ryukendo poderia ter se tornado o maior clássico desses novos tempos, e uma série quase insuperável, não fossem 3 coisas:

Mal-aproveitamento do elenco: Os personagens de Ryukendo (TODOS!) são maiores do que o enredo idiota que recebeu. Absolutamente ninguém foi devidamente aproveitado, NEM MESMO Ryukendo, o comedor de chaves Madan (ele bem que poderia comer "outra coisa" pra variar...teria enriquecido muito a série). Ryukendo bem que merecia uma continuação, ou um remake, ou simplesmente ser refeito com uma história decente; não que a história seja péssima, mas ela foi redigida de uma forma que centralizou tanto no Ryukendo, que afinal ele mesmo se perdeu nele mesmo... Pra mim o carinha legal ficou meio obstruido pelo herói que não parava de crescer. E nisso todo o resto foi também obscurecido pela figura dele.

Vilões absolutamente indignos de nossos heróis: Os Guerreiros Madan tinham superpoderes majestosos (Golpes de espada que explodiam coisas, armas que liberavam dragões de fogo explosivos, motos de alta velocidade, vôo livre que os permitia mesmo alcançar o espaço.....) e não tinham no que bater com isso. Uma pena, uma pena mesmo. Se os inimigos não eram fortes, eles ao menos poderiam ser muitos, pra eles não precisarem bater em guarda-chuva gigante e elefante ...de que cor era aquele bicho? 

Heróis são altamente dependentes de vilões, já que seus atos heróicos são medidos pelas dificuldades que superam. E infelizmente eles jamais vieram a conhecer um Kaura, um Satan Goss, um Shadow Moon...ou mesmo uma Igan, já dava pro gasto! Nenhum vilão realmente desafiador e mal para levar o uso de seus poderes extremos a um nível de real tensão e necessidade. Um dos poucos episódios em que eles realmente surpreenderam foi justamente aquele do satélite; que por sinal foi uma eventual bola dentro do Dr. Worm, depois de tantas trapalhadas. Pra mim a falta de pegada da série se deve maiormente a seus vilões tanto fracos quanto escassos; tão escassos que tinham que voltar várias vezes depois de destruídos...

A terceira coisa que impediu Ryukendo de ser a última bolachinha do pacote Toku foi uma certa falta de senso de medida da produção da série. Houve desequilíbrio entre coisas muito bem feitas, trabalhadas com profundo capricho, e outras que ficaram muito feias e pobres, pra não dizer nas coxas.

Enquanto os heróis tinham golpes fenomenais, a base deles era uma das coisas mais bobas que eu já vi, além de muito tosca mesmo. Ela não transmitia a menor noção do que era praticado ali, e aquele cara com a varinha mágica só convenceu um pouco mais a partir do episódio da invasão daquela base triste. O elenco de apoio tinha personagens bem legais, como a moça da loja de flores, aquele tiozinho que tinha um restaurante no qual Kenji sempre fazia uma boquinha, e mesmo uma viúva que arrastava asa pro Fudou (essa aparece bem pouco) A fantasma que Kenji sempre via era uma personagem legal, também; criava um monte de momentos bobos, mas era uma personagem legal, que até que se mostrou util posteriormente. Infelizmente, esse capricho não era levado até o campo dos vilões.....
Pra começar, onde diabos eles ficavam? Nunca se soube se eles ficavam em alguma base, castelo, ou dimensão paralela. Era só uma sala aparentemente bem apertada e escura, no qual aquele pessoal dividia o espaço mais ou menos como se divide uma cela numa prisão brasileira... sem contar que a relação entre eles (já que eram poucos, podiam ter suas personalidades bem trabalhadas, porém....) era bem superficial, se é que existia. Isso sem contar alguns momentos mais tristes deles. Aquela nave em forma de coração daquele episódio da menina alienígena MEU DEUS, que diabos??? Como é que uma série desse nível me poe uma nave que faz a Kristalo parecer uma maravilha da tecnologia?! Acho que ela é um dos melhores exemplos do que me refiro, o capricho extremado em algumas coisas, e o esculacho quase que total em outras, que foi a 3ª coisa que impediu Ryukendo de ser um clássico.

Pra fechar, eu poderia explorar um pouco a idéia do Marcos de analizar personagens e série separadamente. Eu adoraria ver os personagens de Ryukendo em uma série bem diferente, uma um pouco mais séria e muito mais movimentada. Eu queria ver Ryukendo com a pegada de uma série dos Uchuu Keiji, ou ao menos com o dinamismo de Jaspion....teria sido uma maravilha. O que nos resta é nos conformarmos com a série que temos (que afinal até que é cativante, até por seus personagens bem legais....adorei o episódio em que a dimensão paralela pegou o traseiro da Rin Sakyo...dimensão paralela de bom gosto!!! )e torcer para que no futuro, ao fazer séries similares, eles considerem esses aspectos e se superem. .

TRIBUTO ÉPICO A HOKUTO NO KEN - YOU WA SHOCK

Ougon Kishi GARO- REVIEW

Ougon Kishi GARO




Vamos lá, falar desta série que é uma das melhores que eu já vi.

Bom, eu comecei a ver GARO depois de ouvir longamente comentários favoráveis a respeito da série. Então eu fui baixar.

Na primeira vez mesmo, eu baixei o primeiro episódio, assisti e ficou por isso mesmo. Acho que eu só fui acompanhar mais da série uns 3 meses depois; em compensação, depois do segundo episódio eu já fui fisgado pela série e resolvi ver todo o resto.



A história (vai ter todos os SPOILERS do mundo)

Ougon Kishi GARO conta a história de Saejima Kouga, um espadachim altamente disciplinado que orgulhosamente carregava o título de GARO, um cavaleiro dourado de uma poderosa ordem de seletos guerreiros. A missão deles era eliminar os Horrors, que causavam aflição a humanidade. Aquele que se manchasse com o sangue dos Horrors estaria condenado, e mesmo não sendo eliminado pelos Cavaleiros Makai, estava destinado a uma morte pavorosa.

Ah, e a pessoa banhada do sangue de Horrors atrairia muitos outros Horrors, gulosos.

A motivação dos Horrors era se alimentar dos seres humanos de coração impuro (ou seja, todos). Curiosamente, assim como os Horrors se alimentavam da impureza e maldade do coração humano, eles nasciam dessa mesma impureza e maldade. O que significa que os Cavaleiros Makai lutam uma guerra sem fim, já que, eles devem proteger os humanos dos Horrors, enquanto os Horrors são oriundos dos próprios humanos : P.

Ah, claro, e nesse ínterim surge uma mocinha chamada Kaoru, e desde a aparição dela, Kouga começa a ter muitos problemas.


O que eu não entendo, é como é que o pessoal diz ter dito problemas para entender isso. Eu ouvi a galerinha dizendo que a história começa obscurecida pela ação e os efeitos especiais da série, mas eu não vi isso. O que a série faz é apresentar uma premissa simples para um show de pancadaria. E se a série não tivesse a qualidade que tem, poderia ter até fracassado. Mas repito que a série é um show.

“O Código Da Vinci”

Olha o resumo aí:

O que são Horrors?





Boa pergunta:





E isso resume a premissa inicial de GARO. O que tem de obscuro nisso? Essas cenas aí aparecem ao final do capítulo 2, o que já nos deixa plenamente encaminhados.

Ação

Não dá pra negar a importância da ação nesta série. É algo cinematográfico, diferente de tudo já visto, e que dificilmente vai se ver melhor em Tokusatsu, ou mesmo em muito filme por aí. As sequências são extraordinárias e muito consistentes.








Entre muitas outras coisas incríveis ao longo da série, que eu espero mostrar um bocado, ainda.

Impressão inicial

Ao mesmo tempo que a série me impressionava pela ação e pelos vilões muito legais, que faziam a ação render, eu tentava entender a motivação por trás daquilo. O que aquela série queria mostrar? Que lição queria passar? Porque uma empresa iria investir pesado numa série que a censura jogou para a madrugada? (a série é bem pesadinha, aborda prostituição, sensualidade, violência, mutilação, assassinatos....)

E eu pensava em que tipo de mentalidade tinha o autor.





Essa sequência surge já no 1o episódio


O que em termos de Tokusatsu, já é uma sequência bem agressiva, envolvendo de uma vez, nudez feminina (gratuita), sensualidade, paranormalidade, e um certo aspecto psicológico, já que temos o tiozinho dono da exposição admirando a figura do quadro e então ela sai e se torna um Horror. Pensando bem, é como se ele tivesse tido desejo pela figura do quadro, e ela tivesse vindo a tona. A expectativa do homem de realizar sua fantasia (pornográfica :P) traz o Horror a vida, e o Horror o corrompe. E o teor que nos leva a essa linha de pensamento provavelmente não existiria se a mulher no quadro não estivesse com os seios de fora ou tivesse esse olhar tão sensual aí.

O Herói



Aí o indefectível Saejima Kouga



O herói da história, e consequentemente o condutor da ação, inicialmente, é Saejima Kouga. Como eu expliquei, ele é o Cavaleiro Makai da Armadura Dourada, e tinha muita disciplina no "trabalho".

Agora falemos da pessoa em si.

Esse é um cara bastante surpreendente. O pessoal fala que a série não tem uma pegada impressionante no começo, e muito provavelmente é por causa do nosso amigo. Uma coisa boa é que o ator que o faz é impressionante , e muito bom, tanto na parte dramática, quanto na parte da ação. O personagem inicialmente é um sujeito que passa muito da barreira da disciplina, ele é chato mesmo, antisocial, não se deixa levar, é quase que hipnóticamente conduzido a cumprir com seu trabalho infindável.




Bom, eu mesmo não consigo levar isto adiante sem falar dessa moça aí, Kaoru. Ela é o "par romântico" do Kouga.
O que eu tenho a dizer a respeito dela é como a minha impressão sobre ela mudou radicalmente conforme a série avançava. No começo eu detestava essa personagem, e simplesmente a considerava com todos os defeitos: era chata, sem graça, sua voz era irritante, e até mesmo feia e sem sal eu cheguei a achar essa mina....

Kaoru é uma artista amadora que está tentando aprimorar o seu talento. Ela perdeu os pais, de forma que ela leva uma vida de pobre, e se sustenta fazendo bicos lamentáveis....até em prostíbulo a coitada fez uma ponta de garçonete XDDD
Entretanto, conforme a série, e o suposto "romance" avança, ela ganha muita importância. Na verdade toda a série vai se humanizando, uma parada que provavelmente impressionou todo mundo que viu a série: ela começa meio durona, os personagens bem estereotipados, mas com o tempo ela vai se ficando mais diversificada, trabalha mais os personagens, e vai virando uma verdadeira obra de arte.

Machista?

Uma coisa que por muito me fez pensar na série GARO é ela parecer uma série extremamente machista.
O herói, Saejima Kouga, traça um contraste violento com a mocinha da série, Kaoru: ele é rico, poderoso, eficaz, senhor de sua vida, mora em uma mansão, é implacável contra todas as adversidades, sem contar ser um exemplo de moral. ´
Já a Kaoru é pobre, confusa, indefesa, dependente, e passa pelo sério problema da moradia. Ela só vai arranjar uma residência fixa quando vai morar na casa do Kouga XD!

Outra coisa é que muitos dos vilões iniciais são mulheres.:


De forma que a impressão feminina que a série passava era: ou você é inútil, ou você é o monstro do dia. Eu mesmo não tinha problemas com isso, e na verdade eu ficava impressionado como eles conseguiam tantas stunt actress de tamanha qualidade para as cenas de luta (ou ao menos stunt actors com pernas bem bonitas : P), mas ao mesmo tempo eu pensava como uma mulher reagiria a série, ou mesmo como seria capaz de assisti-la, ainda mais somando outros elementos, como a série inicialmente "parecer um filme de terror" e ela não ter qualquer elemento típicamente novelesco, que geralmente pega as meninas.

Sem falar do trato que o Kouga dava para a Kaoru.

Aqui foi da vez que Kaoru tentou fazer um rango pro Kouga:



Nem cozinhar a mina sabia (risos)  É sério, não era a pegada dela, uma vez ela cozinhou pra amiga que a alojou "de favor" como se diz por aqui, e a coitada teve uma constipação daquelas XDDD a menina não só cozinhava mal, ela produzia VENENO no fogão (huahuahua)

Era uma mulher exemplar :


Achava-se AAAAA Artista:


Pegava uns bicos que eram de lascar:


Só se metia em encrenca:
Peitava seus patrões! XD

                         Kouga levando a famosa chave de b***ta.

Mas talvez no final isso tenha sido passageiro na série. Eu não sei dizer se GARO
É uma série machista ou não. Depois de eu ver a série, eu creio que não, porque todo esse lance de feminilidade dá uma reviravolta tremenda ao longo da série.

E eu gosto muito da Kaoru. O pessoal pode até QUERER se identificar com o Kouga, mas o grande expoente do telespectador da série, é a Kaoru. Ela passa por coisas típicas de uma pessoa da idade dela: ela tem sonhos que parecem inalcançáveis, tem dificuldade em achar seu lugar na sociedade, tem uma nostalgia dos dias do passado, sofre muito emocionalmente, e se vê confusa diante de um futuro que parece incerto. O elemento de ter sido banhada pelo sangue de Horror a leva a outra "realidade" da vida do jovem: a perspectiva da morte. A de tudo dar errado, e da vida se encerrar abruptamente, e todas as esperanças e sonhos que se nutria serem ceifados pela morte na juventude.

E ela é afinal é a grande condutora da série, ela dá uma linha para a história. Ela é que tem o apelo emocional, ela é que nos leva ao longo da série com sua vida cheia de altos e baixos, e a perspectiva de amar alguém excepcional. Até porque inicialmente o Kouga é um personagem bem desinteressante, que, sem ser visto muito de perto e compreendido, não atrairia ninguém. O que não deixava de ser natural: ele era uma pessoa antisocial porque não tinha nada a ver com as pessoas "normais", de forma que, por mais humano que fosse, por mais que tivesse um coração, seu destino era abraçar seu trabalho, e sua vida como era, e não se meter com os outros. Ele havia de ser uma justiça cega, e não escolher favoritos.

Compreender todas essas coisas foi o que alterou minha visão de Kaoru (e consequentemente do Kouga, que acaba sendo influenciado por ela). Conforme os sentimentos do Kouga iam aumentando e melhorando por ela, os meus iam também. Ela passou a se tornar muito importante. De sua posição de um personagem aparentemente bobo e até chato de se ver por suas trapalhadas e falta de controle sobre a própria vida, ela foi desabrochando numa figura comovente e com muito a oferecer pela série.

Até a aparência dela mudou pra mim. De uma menina chata, bobona e "morocoxo", ela foi se tornando em alguém...




cada vez mais....

...linda.

(e ainda era gostosa)

Ela parecia uma perfeita tábua, mas na verdade tinha corpinho suave e bem desenhado,além de umas perninhas deliciosas, que, infelizmente, ficam ocultas por umas calçolas que ela usa ao longo de quase toda a série.

Ah é: o Rodrigo mencionou que ela é o único personagem ali que troca de roupa...mas tirando os trajes esdrúxulos que ela usava em seus trabalhos, ela usava sempre o mesmo esquema de roupa, que era uma camiseta e as calçolas que me privaram das belas pernas da Kaoru-chan. Mudava sempre de cor, mas o modelo era o mesmo.

Só lá pro final que eu tive o prazer de ve-la mais sexy:

Os vilões

Como eu já mencionei, os Horrors eram vliões da série. Eles eram um tipo especial de demônio que supostamente surgia do coração impuro dos seres humanos.

O que eles faziam era devorar seres humanos. Para circular livremente entre os seres humanos, eles se apossavam do corpo de uma pessoa.

Entretanto, eles tinham um diferencial no tema "possessão demoníaca": enquanto em outros filmes, séries, etc. os demônios se apossam das pessoas mais aleatórias, em
GARO nãaaaaaaaaaaaaaooo, os Horrors eram muito mais espertos: eles só se apossavam de quem era da pavirada! Isso é em todos os episódios: eles se apossavam de estelionatários, serial killers, ladrões, gente gananciosa, tarados e outros doidos lá do Japão.

Sem contar que eram de um design muito criativo, que dá orgulho de ser expectador desse tokusatsu:

É DEMAIS! : D

O rumo da série GARO é ir melhorando a cada episódio, sendo que o primeiro já é um episódio bem superior a média. O pessoal disse que foi gostar da série a partir do episódio 18 (de 25? Tem certeza que gostou?), do 10, do 07...eu mesmo me impressionei já com o 2o. Aquele Horror que se apossou da estelionatária foi um lance de mestre, que desde então, já trouxe um aspecto um pouco mais inteligênte para a série, que corria esse risco: de ser uma história burra sobre um herói superfodão com uma companheira burra e sem serventia. Entretanto, somos sim é apresentados a personagens únicos e muito característicos, e perante situações cada vez mais diferenciadas, Kouga vai mudando e revendo seus conceitos, até renascer para uma nova batalha que nos conduz a um show espetacular.

Lutas ferozes:


Lugares alucinantes:


Saltos incríveis:

YUKE KAZE NO GOTOKU...


A partir da metade, que é onde a série começa a dar sua reviravolta maravilhosa,GARO ganha abertura nova, uma trilha maravilhosa que, assim como nas novelas, embala os momentos mais emocionantes em versões instrumentais.

O grande lance do avanço da série, é que então os "monstros do dia" dão lugar a personagens fixos, e uma intriga entre eles. Quando há monstros, eles tem um envolvimento com suas vítimas que leva o herói a questionar seu papel de justiceiro. O estresse ao qual ele é submetido o faz uma figura cada vez mais humana, e isso o torna mais interessante.


Bom.....

Eu não devo entregar a série toda, de forma que eu vou salientar só mais uns dois ou três pontos que me chamaram a atenção. É uma série com muito a ser explorado, e se fosse um anime da TOEI, teria 125 episódios, no mínimo. Existem inúmeros elementos, coisas que ajudam a história a ficar movimentada a cada episódio, e mesmo coisas que meio que podiam ter tido uma explicação melhor.

Rei Suzumura

Este aqui é o amigo/rival de Kouga, outro Cavaleiro Makai. A "interferência" dele é essencial para a série se tornar mais agitada e imprevisível. Este cara é uma contraparte perfeita de Kouga, e nos mostra que os Cavaleiros Makai eram diferentes entre si, o que abre um leque infinito de possibilidades de Cavaleiros Makai; isto é, eles poderiam fazer muitas séries e filmes de Garo, sem desgastar o conteúdo. E mesmo vir a nos apresentar Cavaleiros Makai mais interessantes que o próprio Kouga.

Reta Final

Rumando para seu final,GARO atinge o ápice de AWESOMENESSCITY, nos mostrando roteiros maravilhosos nos episódios.

O episódio Bala Mágica (o 22, se não me engano) é para mim, o melhor da série, por conciliar, de maneira incrível, uma atuação fora de série em termos de ação de nosso herói com um roteiro marcante, digno de Frank Miller. É um SOLO de Kouga, em que afronta um dos Horrors mais inteligentes de história, que pos Kouga sobre um stress tremendo e uma situação nova para ele.


É um episódio surpreendente, que parece até um especial. Parece até que num ápice de fantasia que a série ia chegando, eles decidiram criar uma situação em que eles jogam GARO em meio a realidade, num ambiente tenso e
noir.



Um dos Horrors que mais deu trabalho para Kouga.

Henshin em tempo de bala. Kouga chega a um nível de "BADASSNESS" até então só alcançado por Gyaban.



Uma cena fortíssima: O grande herói, o mítico espadachim, forçado a tomar em suas mãos uma arma de fogo.

[SPOILER!!!!!]

Bom, eu gostaria de falar também da batalha final, que foi algo espetacular....pensando bem, são tantas coisas que eu queria dar meu parecer, as Sacerdotizas, Kodama, Barago....eu praticamente não disse nada e eu devo ainda revelar minha descoberta trágica. É algo terrível, fortíssimo, e se você ainda não viu esta série, nem olhe, isto pode causar danos ao seu cérebro.

Bom, como eu disse e re-disse, GARO é um herói sensacional, que alcançou grandes méritos de seus antecessores épicos, como Gyuban, Sharivan, Jaspion, Kamen Rider Black...GARO tem pelo menos um mérito de cada uma dessas séries, é DEMAIS.

E na reta final, Kouga vai alcançar um dos maiores méritos dos heróis de armadura: bater um monstro gigante no corpo-a-corpo.

EI-LO:

Meshia

Que leva a série a um nível épico, épico, você imagina que está sonhando com um vilão que concilia poder extremo e uma sensualidade gritante:


Confesso que bem que fiquei babando em cima dessa vilã. Era algo lindo de se ver:

Pra constar: a coisinha voando acima do traseiro dela é o Garo.

É AGORA!!!!

MINHA DESCOBERTA TRÁGICA!








































































é algo terrível!!!

EU vou revelar!!!

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!









































































Você que pediu!!!



E é isso aí galera! Se você tem a idéia de que Tokusatsu trata-se exclusivamente de efeitos especiais datados, personagens planos e sequências “trash”, damos aí a dica para que reveja seus conceitos! Garo, um show altamente recomendável, diferente, e acima de tudo de excelente qualidade!

YUKE, KAZE NO GOTOKU!